quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pé de pato, mangalô, três vezes!!!!



Só comigo mesmo! Acabei de voltar do almoço e achei melhor registrar logo o fato.
Bateu a fome. Desci para almoçar e aqui no condomínio nós temos três restaurantes lá embaixo, o que facilita a vida na hora da correria. O que era o caso hoje, para variar. Estava sozinha. Fui ao primeiro. Lotado, muita fila.
Desci até o prédio de frete e entrei. Fila pequena. Ao menos lá é bacana, tem telão rolando DVDs de shows legais, sempre está cheio de pessoas que não necessariamente trabalham no condomínio, então existem motivações para ficar na filinha e aguardar a minha vez de pedir meu prato. Não é tipo self-service, mas tipo Mc Donald´s: você escolhe o prato no cardápio, pede,  PAGA, claro, e aguarda o prato ficar pronto. Havia umas quatro pessoas apenas na minha frente. O último era um moço. Mocinho. Até aí o moço não tem nada a ver com isso.
Muito bem. Para ao meu lado um sujeito. Eu olho de relance e volto o olhar para o cardápio. Foi então que tudo começou:
“- Não se preocupe, só vou pedir uma cerveja!”

Olhei para o sujeito. Era comigo. Fiz um sinal positivo com a cabeça e continuei escolhendo o prato.
“- Você está triste?”
Era comigo de novo.
“- Não. Com fome.”
“- Então come, mulher. Enche a barriga! Eu não gosto de ver ninguém com fome!”
(“Tomara que ele nunca vá para a Etiópia. Pensei. E eu não vou encher a barriga porque fui ao endocrinologista logo cedo!”)
“- Daqui a pouco.” Respondi, com aquela fala entre os dentes e já sentindo o rubor tomando conta do meu rosto. Digamos que o restaurante estava cheio e a criatura falava em um tom um tanto elevado demais. E continuou:
“- Você não tem dinheiro? Se não tiver, eu pago! Pronto: vou pagar!”
(PQP a minha sogra! Todo mundo olhando para mim. Imagina o povo aqui da região me olhando! Respirei e, novamente, por entre os dentes respondi:
“- Obrigada, mas não é necessário.” E chegou minha vez (e a dele) de pedir (ele estava literalmente ao meu lado, o tempo todo)!
Faço meu pedido, a menina pega meu cartão, e ele discutindo com a dona do restaurante (que a essa altura da muvuca já tinha aparecido com cara de “what the hell?”) que não era para ninguém passar meu cartão, que ele é quem iria pagar! E para piorar ainda mais este embaraçoso momento do meu dia, ele larga outra pérola:
“Você não vai comer uns R$100,00, né? “
 Aí que tive que rir, né?
Não sei se foi vergonha ou, de fato, o amor está tomando conta do meu ser. Porque eu não o mandei para nenhum lugar eu jamais mandaria minha santa mãe, por exemplo.  Apenas respirei e disse a ele que não havia necessidade. Inútil. A dona do restaurante me pediu que aceitasse caso contrário o indivíduo não sairia dali. As meninas do balcão não sabiam se atendiam as outras pessoas ou se esperavam o desfecho do momento “trash”.
Aí eu aceito. Problema resolvido.  E, claro, agradeço:
“- Obrigada, o senhor é muito gentil.” Devia estar roxa. Quase um cadáver vindo do Alaska.
Para que fui agradecer! Outra pérola, PQP:
-“Eu não sou gentil, não!! Quando eu saio com a minha mulher, sou eu que pago!!”
“Meu senhor, com a sua mulher, meu senhor. Não comigo!” falei e fugi.
“ E desde quando isso aqui é um “date”? Quando foi que eu aceitei seu convite?” Pensei já desesperada. Daqui a pouco ele ia dizer que estava rolando um clima.
Obviamente, devido ao grau de entusiasmo que ele proferiu tais palavras, além de olhar o povo deve ter se perguntado se eu era mulher do sujeito!
Saí do lavatório sorrateiramente, olhei para as atendentes e para a proprietária do local (que estavam todas reunidas comentando) e a proprietária olha para mim e diz:
“Pode sair! Ele já foi!” E todo mundo caiu na gargalhada!
Olhei em volta e estava seguro mesmo. Sentei na única mesa vazia que havia, infelizmente próxima a porta.  Do meu lado na outra mesa, o moço. O mocinho da fila.
Sai meu prato e a atendente vem até trazer, de dó. De repente, passa o sujeito do lado de fora sorvendo sua cerveja e grita “oi’!
Não tive dúvidas. Virei para o mocinho e disse, com aquele bico de quem vai chorar se você negar meu pedido:
“- Oi. Desculpa, mas você está sozinho? Você se importaria de sentar-se comigo, porque estou com medo daquele moço entrar de novo, ver o lugar vago na minha mesa e sentar-se aqui também?”
Ele riu e imediatamente mudou de lugar. Ufa!
Depois o prato dele chegou, comentamos o fato, demos umas risadas e ele é um bom menino, chamado Paulo, que veio de Araraquara para trabalhar como auditor em uma das big four, que eu não vou dizer o nome, né? Vai que alguém de lá lê o blog. Eu hein!

Depois disso o sujeito desfilou por três vezes diante do restaurante. Mas, o anjinho Paulo estava lá comigo! Hehe
Terminei de comer, me despedi e agradeci o moço Paulo novamente, e fui ao outro restaurante comprar um sorvete Rochinha. Afinal, depois daquela situação toda, meu corpo clamava por um pouco de sacarose!
Pode?

7 comentários:

  1. Olha o "lonk" de volta, Aninha! kkkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, que situacao!
    Mas pensa pelo lado bom, vc comeu, se divertiu com o menino e nao pagou rs
    bjao

    ResponderExcluir
  3. Rachei de rir da história! Eu acho que teria saido correndo do restaurante no teu lugar... Já aconteceu algo meio parecido comigo, a gente fica bem sem graça mesmo né...

    ResponderExcluir
  4. Acho que eu teria mandado o cara catar coquinho, rs, rs.
    Beijos querida
    ursulaferraricoach.wordpress.com

    ResponderExcluir
  5. Nossa mto bom até parece fatos da minha vida ! Mais gostei sim ...

    ResponderExcluir
  6. Aline, que bom que essas maluquices não acontecem apenas comigo! hehe obrigada pelo comentário! bjs

    ResponderExcluir