Eu também não gosto nem um pouco de despedidas. Porém, jamais poderia retirar o peludão da blogosfera sem me despedir de vocês e, principalmente, sem explicar a razão pela qual estou saindo de cena.
Contei no início do blog, lá em maio de 2010, que o blog era uma homenagem a um grupo de amigas que gostava de ler meus textos, e me incentivou a publicá-los. A idéia inicial do blog era postar relatos engraçados do meu cotidiano e do cotidiano de outras pessoas também. A minha intenção ao escrever sempre foi transformar pequenas “tragédias” do dia-a-dia em pequenas comédias. Rir de mim mesma e das minhas trapalhadas. Relatar de forma engraçada fatos como aqueles que conto nos textos “Ladrão ou fenômeno sobrenatural”, “Viaje para a Espanha de Urubu Air Lines”, “Mulher bonita x Homem feio”, “O amigo endocrinologista”, entre outros.
Acontece que em setembro de 2010, aproximadamente, passei por uma decepção que eu não desejo nem mesmo para Osama! Desnecessário dizer que a decepção foi com alguém do sexo oposto. E a partir daí perdi o foco do blog, errei a mão, me perdi na minha própria frustração, e passei a utilizar o blog para desabafar e descarregar toda a minha raiva. Esta foi a maneira que encontrei de exorcizar a minha dor e a minha tristeza.
Só que a raiva passou. A frustração e a dor deram lugar ao alívio e à gratidão. Sim. Gratidão. Porque me dei conta de que me livrar daquela pessoa que insistia em se fazer presente na minha vida foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.
O que eu não me dei conta foi de que continuava “malhando o Judas” no blog. E para “Judas” leia-se homens. Continuei com aqueles textos nos quais eu detonava a figura masculina. Colocando todos no mesmo saco. Transformando todos eles na pessoa que havia me causado tanta decepção.
Espera um pouco: lembrei-me que o Piccolino me alertou: “avisa a galera que você não está apaixonada”! Se não vão achar que é por isso!”Não gente, nada disso. Não fiquei boba e nem doente de novo. Paixão é doença, lembram-se? Amor não.
Voltando. E o blog passou a ter muitos acessos e eu me empolgando. Só que na semana passada, lendo e relendo alguns textos e comentários, percebi que estava tudo errado. Que o blog havia perdido o foco e carregava uma energia ruim. E eu estava passando esta energia para as pessoas. E eu não sou aquela pessoa que, ao falar dos homens e de relacionamentos, demonstrava não acreditar mais que as pessoas pudessem se relacionar, não acreditava mais no amor, não acreditava mais que as pessoas pudessem ser felizes juntas. Essa pessoa não sou eu! O que eu estava fazendo era alimentar a raiva de outras pessoas que talvez tenham se decepcionado tanto quanto eu. E isso estava errado!
Existe muito homem “tranqueira”, assim como existe muita “megera indomável” por aí. Mas também existem homens e mulheres do bem, que querem ser felizes, que querem amar, e por aí vai. Portanto, pessoas, eu não sou esta mulher e não quero continuar transmitindo esta energia ruim para vocês! Temos muitas provas de que amar pode dar certo, que amar vale à pena! Não precisa sair por aí com uma placa colada na testa para dizer que está à procura, mas também não precisar fechar as portas achando que ninguém merece o que você tem de melhor para dar! E mesmo que não haja esta pessoa, ame sua família, seus amigos, ame o que você faz, ame a vida, a liberdade, e, acima de qualquer coisa, ame-se em primeiro lugar!
Sansão e Dalila, Lennon e Yoko, Romeu e Julieta, Elvis e Priscila, Tarcisio e Glória, Tarzan e Jane, Rhett e Scarlett, papai e mamãe, Bentinho e Capitu, Dalva e Herivelto, Ciccillo e Yolanda, Tristão e Isolda, Cleópatra e Marco Antonio, Chanel e Capel, Carrie e Big, Josefina e Napoleão, Pedro I e Domitília... Na realidade ou na ficção. Com final feliz ou não. O importante é que “seja infinito enquanto dure”!
Ficaremos no ar ainda por uns 50 dias por motivos de força maior (dos anunciantes), e neste período vou tentar colocar textos bacanas de autores conhecidos ou não para quem ainda quiser acessar!
Vou continuar escrevendo, porém, seguindo a linha inicial. Com muito humor! Quem sabe um dia eu publique “Memórias de um Coração Peludo”?
Muito obrigada às leitoras (es), seguidoras (es), incentivadoras (es), colaboradores (as), parceiros, enfim....muito obrigada!