A gente sabe o que deve fazer. Ao menos quando o assunto é relacionamento é assim que funciona. A gente sempre sabe exatamente qual a maneira correta de agir, que atitude tomar, quando entrar em uma briga, quando fazer valer nossa vontade, quando ceder se for o caso, quando sair de cena, quando jogar a toalha... Mas o que é que fazemos sempre? Exatamente o contrário. Fala a verdade: é ou não é assim que funciona com você?
Só que mulher é assim: quando quer, de verdade, alguém ou alguma coisa, fogo morro acima e água morro abaixo, ninguém segura! E é justamente aí que mora o perigo! Porque quando fazemos o contrário daquilo que sabemos que deve ser feito, geralmente já sabemos também que não vai acabar bem e que alguém vai acabar decepcionado, frustrado, sofrendo, e esse alguém, 99,9% das vezes, somos nós. E mesmo assim a gente insiste! E por quê? Porque somos teimosas. Porque queremos lutar até o fim, afinal, é assim que deve ser e não podemos desistir facilmente. Porque temos a ilusão, se é que utilizo a palavra correta, de que podemos mudar uma situação, achamos que temos este poder, veja só! Sem contar que somos as rainhas da esperança! Aliás, se a esperança tivesse que ser materializada com certeza ela seria uma mulher! A gente sempre tem esperança que a situação mude, ou que a pessoa mude, ou que o tempo mude...
E além da frustração gerada no final do processo, qual é a outra importante conseqüência desse nosso comportamento? Perdemos algo que nada nem ninguém jamais poderá nos devolver: o bom e precioso TEMPO! Perdemos tempo dando murro em ponta de faca, apostando em situações erradas que já sabemos que estão fadadas ao fracasso! E aí a fila não anda no ritmo que deveria! Deixamos de viver outras situações, outras histórias. Deixamos de dar chance ao novo. Deixamos de olhar para o lado. Deixamos de viver o momento presente porque estamos sempre presas àquela bendita situação que nunca vai se resolver.
Que inferno! Somos burras? Não. Gostamos de sofrer? Eu não gosto. O papel de “coitada” nos cai bem? Deus me livre deste modelito! Então o que é? Por que nos faltam a racionalidade e a praticidade necessárias no momento de cair fora, de dar um basta, de seguir em frente? Por que temos que esperar até o ponto em que será preciso uma pá para juntar o que sobrou de nós, e só depois de curtir a companhia de um bode preto amarrado do nosso lado por um bom tempo, resolvermos seguir em frente?
"Acoooooooooooordaaa, menina!" Como diz aquela “famosa” apresentadora.