Outro dia na academia peguei uma revista Veja SP velha (junho de 2010) e fui para a esteira. Por que uma revista velha no meio de tantas outras? Porque a revista era do mês de junho, semana do dia dos namorados, e a capa estava repleta de temas que pareciam interessantes. Entre as manchetes havia uma que dizia: “charlatões do amor”. Achei o título engraçado e ao mesmo tempo interessante (mas isso será tema de outro post) e resolvi que seria aquela.
No final da edição havia um texto do Ivan Angelo com o seguinte título: “Dia dos desnamorados”. Como ele mesmo menciona no texto, é claro que esta palavra não existe. Mas a explicação que ele elabora para esse neologismo (e digo neologismo porque eu irei inseri-la no meu vocabulário) é, no mínimo, de uma clareza fantástica.
Você deve estar pensando que “desnamorar” nada mais é do que o oposto de namorar. Até aí você tem razão. Mas, de que forma nós “desnamoramos”? Basicamente, a mensagem que o autor pretendeu transmitir com seu novo verbo é que, enquanto namorar é a desconstrução de algo, “desnamorar” é a construção desse algo, que pode ser uma barreira, uma parede, um obstáculo, mais precisamente.
Quando estamos namorando (entenda-se namorar como qualquer nível de relacionamento: namoro, casamento, caso, o que seja), estamos o tempo todo tentando desconstruir a barreira para chegar até o outro, descobrindo suas resistências, seus medos, enfim. Estamos nos aproximando do outro, conhecendo o outro. É o tempo da descoberta. De baixar a guarda.
E quando e como “desnamoramos”? Quando, através de pequenos gestos ou da falta deles, iniciamos a construção, tijolo por tijolo, de uma barreira para manter o outro cada vez mais distante. É o não ligar mais no final do dia. Não enviar uma mensagem de bom dia. Não perguntar como está indo o time dele quando passa pela sala. Nunca mais preparar aquele prato que ele adora. Sair pra balada e ficar com o radar ligado, ao invés de ter o olhar voltado totalmente para ela, como era no começo. Não explicar a ausência, ou dar uma explicação tola, que não cola.
No final ele arremata dizendo que aqueles que têm filhos e netos se acostumam ao “desanamoro” porque acabam encontrando uma compensação na relação afetiva com esses entes tão queridos.
Compensação? E o outro? Deixou de ser um ente querido? Quando? Você percebeu? Nós percebemos? Este texto me fez repensar uma série de coisas. Sabem, ultimamente tenho a sensação que estou sempre “namorando” e as pessoas estão “desnamorando”. Sabotando-me na cara dura!
A indiferença é ruim. Pior ainda é acostumar-se a ela.
Li esse texto dele e achei otimo!
ResponderExcluirO desnamoro é uma fase importante para separação de um casal.
Qdo a gente ja vai se acostumando a viver sem o outro.
Mas tem gente que fica nesse desnamoro esternamente e não separa direito.
Passar muito tempo sofrendo com a indiferença, com falta de cuidado é um perigo, a gente se acostuma a isso e acha que é normal!
Beijos!
O pior é aceitar e acostumar-se a ela, não é amiga. Beijos e obrigada, mais uma vez, por passar sempre por aqui! :)
ResponderExcluirAchei bem interessante esse texto. Tbem vou acrescentar essa palavra no meu vocabulário.
ResponderExcluirBeijos querida
ursulaferraricoach.wordpress.com
Pois é, Ursula, infelizmente, de agora em diante o diálogo com as amigas será mais ou menos assim: " e vc e o fulano?" "ah não vai rolar, ele já está desnamorando".
ResponderExcluirTriste, muito triste.
E cada dia a gente aprende mais!
ResponderExcluirAchei interessante o termo, Adélia! Ao mesmo tempo, é meio triste pensar que podemos nos enganar quando estamos abertas para uma pessoa querida quando, na verdade, a pessoa já está "desnamorando"...
É quase um ato heróico do sexto sentido conseguir perceber e se 'ligar' no fato de estar sendo tratada com indiferença. Ainda mais quando existe altos e baixos por parte de quem já está desnamorando e, num dia o tratamento é VIP e no outro, um caos!
Porém, o que seria dos bons relacionamentos se o ato de arriscar-se não ocorresse, não é?
Beijinhos e vamos ao chocolate que é tudo de bom!!! :O)
Boa Páscoa!!!
Triste, não é Tati. Espero que nossos passos sejam guiados de forma que pessoas "desnamoradeiras" não cruzem nossos caminhos. E somente aquelas que não farão bem! :)
ResponderExcluirBoa Páscoa, querida! (com chocolate diet, para mim hehe!)
nossa eu tô sempre atrasada, mas não podia deixar de falar:
ResponderExcluirquantas vezes nós já desnamoramos alguem....mas precisamos ser felizes e pra isso as vezes temos que desnamorar alguem, a diferença é que conversamos, explicamos, até desenhamos, eles não, simplesmente vão embora...snif!snif!!!
as vezes temos que desnamorar de nossos filhos pra dar a eles a possibilidade de andar com as proprias pernas....enfim amiga....NADA É AO ACASO.....não vamos nos desiludir, ainda podemos namorar e desnamorar mmmuuuiitttoooo!
Mainha (Euridice), quando sentamos para conversar e explicar(ou até desenhar) que algo chegou ao fim, como pessoas adultas e civilizadas, não estamos "desnamorando" e nem negligenciando o outro. Estamos tratando o outro com a consideração que ele merece, e explicando porque não dá mais. O problema é quando negligenciamos, quando, por covardia, as pessoas não dizem o que estão sentindo ou porque se comportam desta ou daquela maneira.
ResponderExcluirQuando uma mãe(zona) como você exerce o desapego (mesmo sofrendo), para que um filho aprenda a andar com as próprias pernas, para que ele aprenda e conquiste tudo de bom que deseja a ele, isso não é desnamorar, querida! Isso é AMOR incondicional! Que, aliás, você tem e muito!
Beijosss
É muito ruim as paredes serem construidas em uma relação porem as vezes é necessario que isso aconteça ....
ResponderExcluirNada melhor que o tempo para nos mostrar o que realmente importa .
Desnamorar ou Namorar é preciso ? As vezes ...Tudo se torna aprendizado na vida TUDO !.
O ruim da história é que os homens são a maioria do Desnamorados , eles demonstram o descaso primeiro que as mulheres e isso é ruim , muito ruim ....Não que descaso seja bom mais as mulheres sempre sofrem mais que eles , SEMPRE . Porem não desanimemos Jamais alias homem é igual biscoito vai um vem dezoito ;)
KKKKKK fazia tempo que eu não escutava essa do biscoito! Mas o número (8) deu uma reduzida, vamos combinar!beijos Aline
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirPostagem divulgada no blog Teia.
Até mais .